“Amigo”

Certo dia um filho perguntou a mãe:
-Mãe posso ir ao hospital ver o meu amigo? Ele esta doente quase morrendo.
A mãe responde com uma pergunta:
-Claro, mas o que ele tem?
O filho com a cabeça baixa diz:
-Tumor no cérebro.
A mãe nervosa diz:
-E você quer ir lá para quê, vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai.Horas depois volta vermelho de tanto chorar, uma ultima lágrima caiu de seus olhos e ele diz:
-Ai! Mãe foi horrível, ele morreu na minha frente.
A mãe o pergunta com o ar de estava com a rasão:
-E agora, ta feliz? Valeu a pena ter ido lá ver aquela cena?
Ele se cala por alguns instantes, e logo responde:
-Valeu muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
“-Eu tinha certeza que você viria.”

Não é que uma grande amizade caiba em uma pequena folha de papel, mas é que pequenos atos ficam para sempre marcados na história de uma eterna e imensa amizade.

Híbridade de saberes
Marina S. Monteiro

Auto avaliar-se é o que há de mais difícil, afinal, tudo do outro lado sempre é tão mais fácil. Quando erramos, por exemplo, nos dói menos colocar a culpa no outro. E quando se é o momento de falar de si próprio, surgem grandes dificuldades e surpresas.
Mascaras a parte, meu conhecimento. Hoje descubro um novo mundo, que se abre diante de meus olhos, mundo esse, em forma de conhecimento.
Ah! O amor, e acompanhando-o os saberes que só ele os conhece. “Amor é fogo que arde sem se ver [...]”, “o amor ficou cego graças a loucura, e a partir de então ela acompanha-o”, “e mesmo que me arranquem o sexo, minha hora, meu prazer te amar eu ousaria”, e ele divide seu conhecimento comigo, enfim sou também amor.
E a ruidosa tecnologia, com ela, sua notável involução em forma de evolução. Sisisi, trim!Tictac tictac, e soou e barulho tecnologia.
E minha negra consciência. Que antes sussurrava frases grotescas, agora compreende essa tal consciência, e livremente sai as ruas para defender essa linda pérola negra e dizer ilê-aê, e gritar que sou e soou você. E que esse Brasil, brasil é muito mais negro que se imagina, no bom sentido da palavra, sempre o claro, mas sua identidade não é nem um pouco clara é negra, e digo negra pelo fato que diferente de preto que é cor negra é uma raça, mãe de toda uma nação e todo um povo que designa coragem.
E agora além de ser o amor, e soar a tecnologia, e ser e gritar essa clara consciência negra e ser parte agente desse povo que designa coragem, ser, e soou, e grito tudo isso em identidade e com essa tal híbridade de saberes.
Então o que dizer de tudo o que aprendi. Amores, amar, amor, barulho, tecnologia, tecnológico, e minha negra consciência,e essa linda pérola negra, e esse Brasil do brasil, interpretar, interpreto, interpretada, saber, sabe-se, soube-se, conhecer, conhece, conhecer-se, amizade, amigo, amiga,amigos, desenburrecer, desenburrece, desenburrecer-se, desenburrecida, filmar, filmagem, filme, cotas, cotar, cotistas, híbrido, híbridade, mula, mulata, eu.
Me auto avalio híbrida, sabendo-me, conhecendo-me, super dotada de conhecimentos, não para a escola, mas para esse novo mundo, e demonstro meus sinceros agradecimentos a meu eterno educador, o homem negro de face branca, que me ensinou a me a saber-me enquanto mulher e pensadora.

“Dos muitos instrumentos inventados pelo homem,
Nenhum pode comparar-se de longe ao livro, por que
Os outros instrumentos são extensões, são mecanismos desse corpo... em troca, o livro é uma extensão da memória e da imaginação”
(Jorge Luís B.)

“Você nunca é o mesmo depois de ler um livro.
Livro muda as pessoas.
Livro muda o mundo.
Leia mais para ser para ser mais.”



TEORICAMENTE TUDO ESTA BEM...
Marina Monteiro¹

De acordo com a constituição federal é dever dos governantes e da população defender e preservar o patrimônio público natural. Contudo tal ordem não vem sendo cumprida, o que faz, a humanidade é agredir diariamente o meio ambiente.
O grande equivoco da sociedade é crer que existindo na teoria leis tais como essa, o planeta estará a salvo dos problemas ambientais. Enquanto preservar o e zelar pela natureza não for encarado como um que fazer diário, assim como arrumar a casa ou tomar banho, desastres, como os que vêm ocorrendo nas costa sul e sudeste do Brasil continuaram acontecendo e com intensidade ainda maior.
E ainda não entendo o porquê de um país como o Brasil, rico em recursos hídricos e naturais a exemplo do biodisel haja tanta emissão de gases poluentes. E porque ao invés de investir na construção de usinas nucleares invista em algo ecologicamente correto que revolucione a indústria automobilística. O grande erro de nossos governantes é freqüente,
investir muito dinheiro em armas, financiar guerras, e esquecer da notável precisão de seu povo de um melhor meio ambiente...mas teoricamente tudo esta bem.
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¹Monteiro-nina@hotmail.com

Tenho 15 anos, meu hobe é cantar, sou chocolatra assumida.






Máscara
Diga!Quem você é?Me diga!Me fale sobre a sua estradaMe conte sobre a sua vida...Tira!A MáscaraQue cobre o seu rostoSe mostreE eu descubro se eu gostoDo seu verdadeiroJeito de ser...Ninguém mereceSer só mais um bonitinhoNem transparecerConsciente, inconseqüenteSe preocupar em serAdulto ou criançaO importante é ser você...Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja...Tira!A MáscaraQue cobre o seu rostoSe mostreE eu descubro se eu gostoDo seu verdadeiroJeito de ser...Ninguém mereceSer só mais um bonitinhoNem transparecerConsciente, inconseqüenteSem se preocupar em serAdulto ou criançaO importante é ser você...Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja...Meu cabelo não é igualA sua roupa não é igualAo meu tamanho, não é igualAo seu caráter, não é igualNão é igual, não é igualNão é igual...I had enough of itBut l don't careI had enough of itBut l don't careI had enough of itBut l don't careI had enough of itBut l don't care...Diga!Quem você é?Me diga!Me fale sobre a sua estradaMe conte sobre a sua vida...E o importante é ser vocêMesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!...Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!Mesmo que seja estranhoSeja você!


Meu epitáfio
Marina Monteiro¹

Hoje logo demanhanzinha saí, e tive a impressão de estar sendo observada... e búm...búm...acordei num lugar estranhíssimo, um espécie de cinema e no filme que se passava , “EU” a atriz principal. Em um só minuto já estará detestando aquele filme, não sei se era a imagem, ou se ainda estava desacordada, mas tudo o que via eram fleches de minha vida, de meus momentos mais marcantes.
Feliz? Sim, fui muito, em meus quinze anos de existência , todas as vezes que disse eu te amo , valeram a pena, mesmo quando não correspondidos, e quando beijei, fechei os olhos e delirei, e quando fui amiga, fui ótima, mas quando inimiga melhor ainda, apesar dos pesares, o ódio, esse sentimento desprezível, esteve presente em minha existência.
Entre minhas lembranças, o que me deixa mais triste é saber que só disse a minha mãe que a amava quando criança, que meu pai nunca leu uma história para eu dormir ou se quer cantou uma canção de ninar para mim, e aquele meu sonho de mudar o mundo, eu de fato o mudei, o destruí, colaborei para sua degradação, eu se quer cuspi na cara do Jorge Buchi, não li todos os livros que gostaria de ler, nem ouvi todas as canções que gostaria de ouvir, e agora que morri percebo que não faço a menor falta ao mundo, exceto ás passos que me amam, e aquele meu discursso politicamente correto, ficou só no discursso mesmo, e nunca vivi um amor puro. E o mais feliz, nunca menti para a mesma, nem desprezei um irmão por sua cor, e chorei quando tive vontade, e dancei a música me inspirou , e não tive medo em revelar que nunca conheci meus ídolos, porque eles morreram de overdose, e brinquei com o mundo sempre que ele fez o mesmo. E se tivesse direito a me despedir de meus entes queridos diria... adeus amores, eu me fui feliz.
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¹Monteiro-nina@hotmail.com
Tenho 15 anos ,meu hobe é cantar, sou chocolatra assumida.

Ser
Marina Monteiro¹

A humanidade busca o saber, e ao longo dessa jornada encontra perguntas às quais ela mesma se faz. E quando encontra as respostas julga-se superior.
Baseada nos conceitos hoje relatados nota-se que “ser” já não é tão importante quanto “ter”. Não se sabe acontecerá com ser feliz, ou humilde, o mundo fora corrompido por sua ambição, é como ter fama e ser reconhecido por uma multidão enfurecida, e alto desconhecer-se, olhar no espelho e só o vão que mostra a parte corrompida por seu egoísmo.
É importante para o homem saber viver sem colocar-se em meio a um pedestal, pondo-se como o astro rei, se preocupar com o ser extraordinário.
Nós seres humanos nascemos livres, ricos em dignidade, dotados por razão e consciência,
tudo depende da maneira com a qual se vive, por que o tolo de saberes idiotas torna-se o sábio de amanhã.
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¹Monteiro-nina@hotmail.com


















Deus Decepção
Neimar De Barros
Eu,
Cheio de preconceitos,
Racista!
Eu,
Com falsos conceitos,
Neo-nasista!
Eu,
Detestando pretos.
Eu, sem coração...
Eu,
Perdido num coreto
Gritando: “-separação!”
Eu,
Você,
Nós...nós todos,
Cheios de preconceitos,
Fugindo como se eles carregassem lodo
Lodo na cor... e com petulância,
Arrogância,
Afastando a pele irmã.
...Mas
...Eu estou pensando agora:
E quando chegar a minha hora???
Meu Deus, se eu morresse amanhã,
De manhã???
Numa viagem esquisita,
Entre nuvens feias e bonitas,
Se eu chegasse lá?
E um porteiro manco,
Como os aleijados que eu gozei,
Viesse abrir a porta,
E eu reparasse em sua vista torta,
Igual aquela que eu critiquei?
Se sua mão tateasse pelo trinco,
Como as mãos do cego que não ajudei?
Se a porta rangesse,
Chorando os choros que provoquei?
Se uma criança me tomasse pela mão,
Criança como aquela que não embalei...?
E me levasse por um corredor florido,
Colorido,
Como as flores que eu já mais dei?
Se eu sentisse o chão frio,
Como dos presídios que não visitei?
Se eu visse as paredes caindo,
Como das creches e asilos que não ajudei?
...E se a criança tirasse corpos do caminho do caminho,
Corpos que eu não levantei
Dando desculpas que eram bêbados, mas eram
Epiléticos,
Que era vagabundagem, mas era fome.
Meu Deus!
Agora me assusta pronunciar seu nome!
E se mais para a frente a criança cobrisse um
Corpo nu,
Da prostituta que eu usei,
Ou moribundo que não olhei,
Ou da velha que não respeitei,
Ou da mãe que não amei...?
Corpo de alguém exposto,
Jogado por minha causa,
Porque não estendi a mão,
Porque no amor fiz pausa
E dei, sei lá, só dei desgosto.
E no final do corredor, o inicio da decepção!
Que raiva, que desespero,
Se visse o mecânico, o operário,
Aquele vizinho, o maldito funcionário,
E ate, ate o padeiro,
Todos sorrindo não sei de quê...
Ah1 Sei si, riem da minha decepção.
Deus não está vestido de ouro,
Mas como???
Está num simples trono.
Simples como não fui,
Humilde como não sou.
Deus decepção!
Deus na cor que eu não queria,
Deus cara-a-cara, face-a-face
Sem aquela imponente classe
Deus simples! Deus negro!
Deus negro!
E eu...racista,
Egoísta,
E agora???
Na terra só persegui os pretos,
Não aluguei casa, não apertei a mão.
Meu Deus você é negro, que desilusão.
Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão?
Que nada!
Meu Deus você é negro, que decepção!
Não dei emprego, virei o rosto.
E agora? Será que vai me dar um canto,
vai me cobrir com seu manto?
Ou vai virar o rosto no embalo da bofetada
Que dei???
Deus, eu não podia adivinhar,
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto,
Preto como o engraxate,
-Aquele que expulsei da frente de casa.
Deus, pregaram você numa cruz
E você me pregou uma peça,
Eu me esforcei a bessa
Em tantas coisas, e cheguei até a pensar em
Amor,
Mas nunca, nunca pensei em adivinhar sua cor !