A tarda, mas tarda demais.
O Brasil é um país onde corrupção tornou-se sinônimo de política. Escândalos políticos há tempos fazem parte do dia a dia nacional e, lamentavelmente, o brasileiro parece já ter se acostumado a isto. Ouvir no noticiário que algum governante andou burlando leis, fraudando documentos, subornando funcionári
os, sonegando impostos, já não chama mais atenção. Não choca mais o ouvido de qualquer pessoa.Questionam-se os brasileiros: em meio a tanta impunidade dos desonestos que pintam e bordam na sociedade de nosso país, até quando a massa aceitará em silêncio tanta desonestidade e falta de punição? Até quando o povo aguentará sustentar uma corja de marajás que sequer tem noção das dificuldades pelos quais o país passa? A resposta é simples: o povo aguentará enquanto não tiver formação e conhecimento suficiente para da maneira correta intervir e mudar o quadro político brasileiro.Logo, esta “fiscalização” que o povo pode vir a fazer é praticamente impossível, e se for, está anos luz à frente da realidade nacional. Com um setor de educação deficiente, a base educacional brasileira vem formando indivíduos que só sabem abaixar a cabeça e contribuir, na maior parte das vezes inconscientemente, com a corrupção crescente, sendo coniventes e esperando que alguma solução divina caia do céu.Em suma, o Brasil continuará sendo palco de corrupção e escândalos políticos por muito tempo. Enquanto cidadãos não possuírem base educacional suficiente para terem consciência da sociedade em que vivem e assim estarem condicionados para contestá-la, restará ao povo brasileiro a esperança de dias melhores, e a crença no dito popular de que a justiça tarda, mas não falha. kathlen.

A justiça tarda, mas tarda demais!
O Brasil é um país onde corrupção tornou-se sinônimo de política. Escândalos políticos há tempos fazem parte do dia a dia nacional e, lamentavelmente, o brasileiro parece já ter se acostumado a isto. Ouvir no noticiário que algum governante andou burlando leis, fraudando documentos, subornando funcionários, sonegando impostos, já não chama mais atenção. Não choca mais o ouvido de qualquer pessoa.Questionam-se os brasileiros: em meio a tanta impunidade dos desonestos que pintam e bordam na sociedade de nosso país, até quando a massa aceitará em silêncio tanta desonestidade e falta de punição? Até quando o povo aguentará sustentar uma corja de marajás que sequer tem noção das dificuldades pelos quais o país passa? A resposta é simples: o povo aguentará enquanto não tiver formação e conhecimento suficiente para da maneira correta intervir e mudar o quadro político brasileiro.Logo, esta “fiscalização” que o povo pode vir a fazer é praticamente impossível, e se for, está anos luz à frente da realidade nacional. Com um setor de educação deficiente, a base educacional brasileira vem formando indivíduos que só sabem abaixar a cabeça e contribuir, na maior parte das vezes inconscientemente, com a corrupção crescente, sendo coniventes e esperando que alguma solução divina caia do céu.Em suma, o Brasil continuará sendo palco de corrupção e escândalos políticos por muito tempo. Enquanto cidadãos não possuírem base educacional suficiente para terem consciência da sociedade em que vivem e assim estarem condicionados para contestá-la, restará ao povo brasileiro a esperança de dias melhores, e a crença no dito popular de que a justiça tarda, mas não falha. kathlen.

"O homem que se vende recebe sempre mais do que vale".
Barão de Itararé

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios".
Barão de Montesquieu

"A vaidade é um princípio de corrupção".
Machado de Assis

"Os costumes, cuja excelência torna o governo quase inútil e cuja corrupção o torna quase impossível".
Charles Tocqueville

"O riso é a fraqueza, a corrupção, a insipidez da nossa carne".
Umberto Eco

"gente sem terra,corrupção, desemprego:
mundo em guerra".
Carlos Seabra

"Pode invadir
Ou chegar com delicadezaMas não tão devagar que me faça dormirNão grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidarAcordo pela manhã com ótimo humorMas ... permita que eu escove os dentes primeiroToque muito em mimPrincipalmente nos cabelosE minta sobre minha nocauteante belezaTenho vida própriaMe faça sentir saudadesConte algumas coisas que me façam rirViaje antes de me conhecerSofra antes de mim para reconhecer-meAcredite nas verdades que digoE também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.Respeite meu choroMe deixe sozinhaSó volte quando eu chamarE não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariadaEntão fique comigo quando eu chorar, combinado?Seja mais forte que eu e menos altruísta!Não se vista tão bem...Gosto de camisa para fora da calça,Gosto de braçosGosto de pernasE muito de pescoço.Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos...Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.Seja um pouco caseiro e um pouco da vidaNão goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste.Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.Nem escravo meuNem filho meuNem meu pai.Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.Me enlouqueça uma vez por mêsMas me faça uma louca boaUma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...Goste de música e de sexoGoste de um esporte não muito banalNão invente de querer muitos filhosMe carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ...Deixa eu dirigir o seu carro, que você adoraQuero ver você nervoso,inquietoOlhe para outras mulheresTenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.Me conte seus segredos ...Me faça massagem nas costas.Não fumeBebaChoreEleja algumas contravenções.Me rapte!Se nada disso funcionar ...Experimente me amar!”Marta Medeiros

Um Bonde Chamado seu Beijo...
Quem encobrirá meu sono?Beijará quem minhas costas no cotidiano?Quem, no meio do frio, me cobrirá com lindas orelhase me dirá palavras indecentes nos ouvidos?Quem, atrevido, me acordará com o ponteiro em ristecomo um pássaro que não quer tudoapenas o céu, a gaiola, o alpiste?Quem que, quando eu dormisse, por mim zelassee eu, quando acordasse, lhe fizesse iogurtes brejeirosmassagens nos pés, cumplicidades de enlace?Quem me agarrará por trás quando eu sair cheirosa do banhoe terá orgulho de eu ser guerreira e perfumada ao mesmo tempo?Quem em bom senso dirá que muito me assanhoquem orientará a guerrilha diária a que me proponhoquem será inteligente e gostoso a meu lado como está no meu sonho?Quem, a quem me disponho a cozinhar e fazer versosquem racional e perverso cochichará nos tímpanos da minha almaa doce ordem, a venal palavra: Calma?Quem com sua alma me mostrará um mar vertical?Quem, meu igual, me apontará andores reais, sem excesso de glacê no boloCom determinação de touro e a nobreza de poder ser banal?Quem, coisa e tal, me beijará a boca e me enfiará as mãospor debaixo da barra do segredo do vestidoe um dia passeará comigo no segredo contido na Barra do Jucu?Quem, senão tu que eu elejo, eu planejo, pode habitar o lugara suíte que há tanto tenho reservado?Quem, encomendado, pode me manter na confiança dos edredonsenquanto não chega?Quem, com certeza, me visitará num outubourbon no gume da lirade eu ser égua, cadela, mulher e sua?Quem sobre mim sua, pinga, chove?Quem que com lucidez resolve o abismo simples de prever o risco de sonharpra nele mesmo cair, rire se embolar?Quem me dará a idéia de conceber a saudade no sentido táticoquem, não estático, de longe me fará cometer poemas de meia-noite?Quem, sem favor, me estende o braço com rosas na mãocom explicação pro meu calor?Quem, senão meu doido bondinhomeus olhos acesinhos, meu comedor...Meu triz, meu riscomeu cristo redentor?Elisa Lucind

Prosa Patética...
Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido.As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono.Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado.Aquela que fala do namorado com tanta ternura.Mesmo das brigas ando tendo inveja.Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças,Sempre querendo, querendo.Me disseram que solidão é sina e é pra sempre.Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região.No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrançaDo hálito quente do outro. A voz, o viço.Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,Expulsar de mim essa Nossa Senhora ciumenta.Madona sedenta de versos. Mas tive medo.Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio.Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,Onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda.E mais do que nunca tive inveja.Invejei quem tem vida reta, quem não é poetaNem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora.A mulher que engravida porque gosta de criança.Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, Ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido,E ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.Clarice diz que sua função é cuidar do mundo.E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,Não tenho bons modos nem berço.Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?Eu, cuja única função é lavar palavra suja,Neste fim de século sem certezas?Eu quero que a solidão me esqueça.Viviane Mosé

RECEITA PARA LAVAR PALAVRA SUJA...
ergulhar a palavra suja em água sanitária.depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.Algumas palavras quando alvejadas ao soladquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.Existem outras, e a palavra amor é uma delas,que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.Agora nunca vi palavra tão suja como perda.Perda e morte na medida em que são alvejadassoltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,que é capaz de esvaziar o vigor da língua.O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molhoem um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente sabão em pó e máquina de lavar.O perigo neste caso é misturar palavras que manchamno contato umas com as outras. Culpa, por exemplo, a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode, o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.Outro cuidado importante é não lavar demais as palavrassob o risco de perderem o sentido.A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.Muito importante na arte de lavar palavrasé saber reconhecer uma palavra limpa.Conviva com a palavra durante alguns dias.Deixe que se misture em seus gestos, que passeiepela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite, não a seu lado mas sobre seu corpo.Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,prolifera em toda sua possibilidade.Se puder suportar essa convivência até não maisperceber a presença dela, então você tem uma palavra limpa.Uma palavra LIMPA é uma palavra possível.Viviane Mose